Nutrição em Cirurgia

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NUTRIÇÃO EM CIRURGIA

 

INTRODUÇÃO

PERDAS PONDERAIS

PERDA DA MASSA PROTÉICA + TECIDO ADIPOSO

AUMENTO DA MORBI-MORTALIDADE PÓS-OPERATÓRIA

HOMEOSTASE
Via oral e parenteral

AUMENTO CONSUMO ENERGÉTICO
Curso natural das doenças / trauma/ estresse cirúrgico ( perdas )
.sangue, plasma, exsudatos íleo paralítico e reparação

 

CATABOLISMO

  • Mobilização protéica ( músculos ) para produção de aminoácidos.
  • Desaminação para produção de glicogênio.
  • Neoglicogênese para produção de glicose.

JEJUM

  • Período breve
    ( Glicogenólise → glicose → SNC )
  • Período prolongado
    ( Gliconeogênese → Músculo + Tecido adiposo → Glicerol → SNC )

TRAUMA ( ↑ Consumo Protéico )

  • Maior demanda energética (reparação)
  • Maior destruição tecidual (trauma/infecção)
  • Alterações hormonais (insulina, cortisol, catecolaminas, glucagon)

 

DESNUTRIÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA

CAUSAS

  1. Limitações da ingesta
  2. Neoplasias
  3. Síndromes de Mal-absorção
  4. Perdas protéicas anormais
  5. Alterações hormonais

DESNUTRIÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA (Limitação da ingestão)

  • Protéico-calórica ( Marasmo )
    ↓ gastos energéticos, mobilização adiposa
  • Protéica ( Kwashiorkor )
    Catabolismo protéico, ↓ consumo adiposo                            ( Blackburn )

 

 

DESNUTRIÇÃO

  • Tecido Muscular
  • Sistema Imunológico
  • Cicatrização

DESNUTRIÇÃO TECIDO MUSCULAR
( Debilidade progressiva )

  • Esquelético
  • Liso
  • Cardíaco

 

DESNUTRIÇÃO E CICATRIZAÇÃO

  • Depleção protéico-calórica
  • Hipoproteinemia
  • Deiscências

DESNUTRIÇÃO E COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA

  • ↓ produção Ativação Complemento
  • ↓ opsonização bactérias
    .Disfunção neutrofílica, ↓ quimiotaxia
    .Fagocitose deteriorada (macrófagos)
  • ↓ Linfócitos, ↓ produção imunoglobulinas
    Aumento da susceptibilidade às infecções
    Aumento da morbidade peri-operatória

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

  • Circunferência muscular do braço
  • Testes cutâneos com Ag (PPD, Varidase)
  • Contagem de linfócitos
  • Índice creatinina / altura
  • Dosagem albumina / transferrina

ESTIMATIVA DAS DEMANDAS NUTRICIONAIS
Equação de Harris-Benedict (Gasto Energético Basal- GEB)

GEB=66,47(H) + 13,75 (P/Kg) + (5 A/cm) – 6,7 (idade)
65,5(M) + 9,6 (P/Kg) + 1,7 (A/cm) – 4,7 (idade)

GASTO ENERGÉTICO ESTRESSE (GET)
Hipermetabolismo (s/ complicações) – 1,2
Hipermetabolismo moderado – 1,2 a 1,5
Hipermetabolismo severo – 1,5 a 2,0

ÍNDICE DE RISCO NUTRICIONAL (INR)

IRN=1,519 x Nível Sérico Albumina (g/L) + 0,417 x (Peso Atual/Peso Habitual) x 100

  • Limítrofes (97,5 a 100)
  • Ligeiramente desnutridos (83,5 a 97,5)
  • Severamente desnutridos (< 83,5)

(Clínicas Cirúrgicas da América do Norte, 1994)

Apoio Nutricional Suplementar Enteral/Parenteral Pré-Operatório

  • Perda ponderal involuntária documentada de 10 a 15% / 6 meses
  • Albumina sérica menor 2g %
  • Não reatividade à testes cutâneos (Anergia)

NUTRIÇÃO EM CIRURGIA

CONDUTA NUTRICIONAL PÓS-OPERATÓRIA

  • Realimentação precoce ( 5 a 7 dias )
    ( Reposição hidroeletrolítica + calórica )
  • Realimentação postergada
    ( Ponderar NPT )

Apoio Nutricional Suplementar Enteral/Parenteral Pós-Operatório

  • PO eletivos com expectativa de dieta oral postergada (em torno de 10 dias)
  • Politraumatismos graves; incapaz de dieta oral espontânea por 7 a 10 dias
  • Lesão térmica em área superior a 20% superfície corporal total
  • Deficiências nutricionais correlacionadas (fístulas enterocutâneas, feridas abertas maciças, cirrose, IRC, etc)

CONDUTA NUTRICIONAL NO PACIENTE CIRÚRGICO

  • VIA ORAL
  • VIA ENTERAL
  • VIA PARENTERAL

VIA ORAL

Via Preferencial, quando pérvia, viável e competente, baseado em aspectos fisiológicos, funcionais e psico-comportamentais.

VIA ENTERAL

Indicações

  • Encefalopatas, neoplasias ou traumas
  • Quimioterapia e radioterapia
  • Sepsis ou queimados graves
  • Coma e cirurgias de grande porte

Contra-indicações

  • Adequada ingestão oral
  • Íleo persistente ou obstrução intestinal
  • Vômitos severos

DIRETRIZES PARA ALIMENTAÇÃO ENTERAL

  • Usar preferencialmente tubo de DUBHOFF
    ( 1mm de diâmetro int. e alta tolerância ).
    Radiografia após colocação do tubo.
  • Sondas naso-gástricas e naso-enterais.
  • Estomias fechadas ( gastrostomia conv. / endoscópica per-cutânea / jejunostomias ).

PRODUTOS DISPONÍVEIS

  • Fórmulas Poliméricas (alto peso molecular, capacidade Digestiva/Absortiva normal)
  • Fórmulas Pré-Digeridas (macronutrientes parcialmente digeridos)
  • Fórmulas Modulares (combinações de nutrientes / suplementação alimentar / acréscimo imunológico, glutamina, ácidos gordurosos polinsaturados, ômega-3 etc)

FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO

  • Alimentação em bolus (10 min. / seringa / náusea, vômito e dor abdominal)
  • Alimentação Intermitente (fluxo gravitacional / 40 min. / náusea, vômito e dor)
  • Alimentação Contínua (assistida por bomba de infusão / 24 h. / geral/e jejunal)
  • Alimentação Cíclica (bomba de infusão em períodos noturnos / facilita à deambulação e suplementa ingestão oral)

COMPLICAÇÕES

  • Mecânicas (irritação faríngea / lesão da mucosa / obstrução do lúmen etc)
  • Gastrointestinais (náusea / vômito / distensão / cãimbras / hipermotilidade intestinal / diarréia)
  • Metabólicas (intolerância à glicose / excessos ou deficiências nutricionais)

VIA PARENTERAL

  • Soluções de nutrientes ofertados por via intravenosa central ou periférica.
  • Proteínas,carboidratos, gorduras, eletrólitos, vitaminas, minerais e líquidos.

Indicações

  • Distúrbios da digestão e absorção
  • Diarréias prolongadas
  • Fístulas digestivas
  • Íleo paralítico prolongado
  • Obstrução intestinal (sub-oclusão)
  • Atresias do trato digestivo
  • Ressecções intestinais maciças
  • Queimaduras, traumas e pós-operatórios
  • Pancreatite aguda
  • Neoplasias malignas

CENTRAL (Veia cava superior; intracath via punção jugular ou subclávia ou flebotomias).

PERIFÉRICA Osmolaridade maior de 600 mOsm / flebi

CONCLUSÃO

Características